tag:blogger.com,1999:blog-65528045148361181562024-02-20T17:48:54.662-08:00INSTITUTO TEOLÓGICO PETRAITPhttp://www.blogger.com/profile/11585038619388312041noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-6552804514836118156.post-25657871739280543282010-08-10T12:57:00.000-07:002010-08-10T12:57:52.816-07:00Relação intima entre fé e teologiaHá entre a fé e a teologia uma relação interna ou orgânica, e não meramente exterior ou mecânica. Há continuidade vital entre essas duas realidades, e não mera justaposição.<br />
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Poderíamos aqui usar muitas metáforas. Assim, a fé é para a teologia:<br />
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• como a seiva para a árvore;<br />
• como a fonte para o rio;<br />
• como o fermento para o pão;<br />
• como a alma para o corpo;<br />
• como o punho fechado para a mão espalmada.<br />
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A teologia é a fé mesma que se vértebra, a partir de dentro, em discurso racional. É o desdobramento teórico da fé. É seu desabrochamento intelectual. Teologia é fides in statu scientiae (a fé em estado de ciência). É o pathos que toma a forma do logos, a experiência que se faz razão. É a sabedoria no modo do saber.<br />
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A teologia não acrescenta materialmente um pingo de luz à fé. Desenvolve apenas seu conteúdo material. Desdobra suas virtualidades latentes. É a ratio estendendo o intellectus: a razão explanando a intuição. Portanto, a fé é como a enteiéqueia da teologia, isto é, sua forma dinâmica interna. É seu conatus, sua alma viva e inquieta. Eis o que diz Clemente de Alexandria (ca. 150), diretor do primeiro instituto de teologia, o Didaskaleion: A fé é, por assim dizer, um conhecimento elementar e concentrado das coisas necessárias. A gnose (= conhecimento teológico), por sua vez, é a demonstração firme e segura do que se recebe na fé. Ela se edifica sobre a fé, por meio do ensinamento do Senhor, e conduz a uma indefectível posse intelectual.<br />
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Como se vê, a teologia como discurso se distingue do discurso da fé, tal a confissão. Dá-se entre as duas certa ruptura – uma ruptura no nível da forma, especificamente da linguagem. A teologia é mutável, diversificada, enquanto a fé tem um caráter absoluto, definitivo. Isso tudo é verdade no plano da forma. Contudo, no do conteúdo, há profunda continuidade. A substância viva da teologia é a própria fé. A teologia não diz outra coisa que a fé, só o diz de outro modo. Non novum sed nove: não diz coisas novas, mas as mesmas coisas perenes da fé, mas de modo diferente.<br />
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Por isso tinha razão Tertuliano ao dizer: Nós não temos curiosidade depois de Jesus Cristo. Nem temos necessidade de investigar depois do Evangelho. Quando cremos, não sentimos falta de outras crenças, pois a primeira coisa que cremos é que não há outra coisa para crer. S. João da Cruz não diz outra coisa: “Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua única Palavra – e não há outra –, (Deus) disse-nos tudo de uma vez nessa Palavra e nada mais tem a dizer.”<br />
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A fé implica dentro de si a teologia; e a teologia explica, como que para fora, a fé recolhida em si mesma. Na fé encontramos uma teologia implícita e na teologia, uma fé explícita. As razões teológicas se relacionam com a fé não ao modo da “substituição” ou da “diminuição”, mas ao modo da “adição”. Elas se acrescentam orgânica e formalmente à convicção da fé. A teologia é a fé crescendo na inteligência.<br />
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<em>Fonte:Metodista</em>ITPhttp://www.blogger.com/profile/11585038619388312041noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6552804514836118156.post-34761872066309377132010-08-10T11:58:00.000-07:002010-08-10T11:58:12.025-07:00DOIS RIOS TEOLÓGICOSA reflexão teológica embasada nos dois rios de definições teológicas e filosóficas que pautaram a vida da igreja brasileira na sua história, inicia-se com o primeiro rio baseado no pensamento pietista e dualista, somado ao fundamentalismo, que ovacionava a esperança absolutista e radical no futuro eterno e glorioso com Cristo, e que infelizmente por ovacionar somente aquilo que cabe na eternidade seculariza de alguma forma a atuação direta da Igreja na vida presente comunitária. <br />
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Já o segundo rio é fundamentado no engajamento social e politico por parte da igreja, somado a teologia liberal, que ganha melhor representatividade na teologia da libertação. Este rio possuí seu significado e importância para a vida da igreja.<br />
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De modo que, o extremismo visionário e teológico do primeiro rio, de fato pode alienar a igreja de sua missão na vida diária das pessoas, gerando um estado utópico que contraria o evangelho ativo do Reino de Deus. Porém, se optarmos radicalmente pelo segundo rio, podemos abraçar somente princípios superficiais de frentes socialistas, e negligenciar a radicalidade do evangelho e da palavra de Deus.<br />
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Portanto a junção equilibrada destes dois rios, poderá resultar em um terceiro rio com águas salutares e cristalinas para a vida da Igreja e a sociedade em geral.ITPhttp://www.blogger.com/profile/11585038619388312041noreply@blogger.com0